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quarta-feira, 19 de março de 2008

Como Funciona o Efeito Sanfona

Introdução

O excesso de peso e a obesidade já são considerados epidemia mundial. Aproximadamente 1,6 bilhão de adultos estão com sobrepeso, e 400 milhões estão obesos. Em oito anos, esses números devem saltar para 2,3 bilhões e 700 milhões respectivamente, segundo dados de 2005 da Organização Mundial da Saúde. O relatório da OMS mostra ainda que o problema ocorre tanto em países do primeiro mundo, como os Estados Unidos, quando em países em desenvolvimento, como o Brasil.


Nos Estados Unidos, 35% da população está acima do peso ideal. Desse percentual, 39 milhões de americanos estão obesos. No Brasil, mais de 65 milhões de pessoas excedem o peso, sendo que 10% deles são obesos. Sedentarismo, estresse e hábitos alimentares pouco saudáveis são apontados como principais causadores dessa epidemia. Os mesmos fatores, aliados a uma condição de alerta do cérebro, também são os responsáveis pelo ciclismo de peso, um fenômeno comum nas sociedades modernas.

Mais conhecido como efeito sanfona ou efeito ioiô, o ciclismo de peso é o maior temor de quem tenta manter o peso. Ele ocorre quando a pessoa faz dieta, perde peso rapidamente e depois ganha todos os quilos perdidos novamente.


O que é o efeito sanfona

Também chamado de fenômeno do ioiô, o efeito sanfona é aquilo que em medicina se diz “ciclismo de peso”. Trata-se da perda de peso com dieta (associada ou não à atividade física e a medicamentos) seguida de recuperação do peso perdido. É um fenômeno muito comum nas sociedades urbanas modernas. As primeiras publicações sobre o efeito sanfona coincidem com o aumento exponencial dos casos de obesidade nos Estados Unidos, há cerca de 20, 30 anos.



­Quando fazemos uma redução muito drástica da quantidade de alimento ingerido (e portanto de calorias), ocorre uma redução do nível de leptina no sangue e um aumento nas concentrações de grelina. Hormônio produzido no tecido gorduroso, a leptina leva sinais de saciedade para o cérebro. Ela foi descoberta em 1994, e seu nome deriva da palavra grega leptos, que significa magro. Já a grelina é uma substância produzida no estômago com o objetivo de levar sinais de fome ao cérebro. Descoberta recentemente pelos japoneses, a grelina estimula o apetite do dia-a-dia. É o hormônio da fome.
Durante uma dieta, com a quantidade de leptina reduzida e a de grelina aumentada, o indivíduo está mais propenso a ceder à tentação na próxima vez que o alimento aparecer na sua frente. E como esses dois hormônios atuam na regulação do metabolismo, as alterações também ocasionam uma redução do gasto de calorias do organismo, favorecendo o efeito sanfona.
O maquinário de economia energética do ser humano está programado para nos defender da falta de alimento. Por isso quando perdemos peso (principalmente em dietas rígidas demais), nosso organismo “pensa” que vamos morrer de inanição porque falta comida, e tenta nos “proteger” facilitando o ganho de peso, fazendo-nos procurar comida e fazendo essa comida ser armazenada com mais facilidade.
Por isso, não adianta fazer dietas radicais demais. Quanto mais radicais - tanto em termos quantitativos (número de calorias), como qualitativos (uso de gordura, proteína e carboidrato de forma balanceada ou não)-, maior é a chance de ocorrer o efeito sanfona.
Algumas pessoas podem ter maior predisposição a apresentar oscilações de peso, mas os genes que regulam a obesidade são muitos e não há um estudo genético específico sobre esse assunto. O que se sabe, com certeza, é que sexo e idade aumentam a propensão ao efeito sanfona.
Saiba mais na próxima semana!

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